A semente e o mistério do crescimento - 1ª Parte


Por Leônidas Almeida





         A aplicação deste princípio na vida prática poderá nortear nossa relação com Deus e também consigo mesmo, para quem deseja de fato uma vida vitoriosa, não apenas uma vida baseada no marketing publicitário, bonito e atraente por fora, porém vazio de significados espirituais na sua essência, a auto capacidade esnobe de acumular riquezas somente para si sem um compromisso com o reino de Deus e todas implicações disto para nossa vida, igreja e comunidade.

        Ser vitorioso é poder restaurar o significado das alianças, dos valores, das amizades e não a manipulação dos outros para seus projetos pessoais de poder onde o fim justifica os meios, seja eles quais forem. Enfim compreender o mistério da semente é para quem deseja ser simplesmente mais que vencedor e rejeita o jogo das vaidades que operam dissimuladamente pelos bastidores.

        Existem duas abordagens antagônicas da relação com Deus orientada pela liderança ou guias espirituais de diversas igrejas, comunidades e denominações.

        A primeira baseada na “Teologia da Prosperidade” e da “Confissão Positiva”. Nesta visão, a divindade passa a ser alguém que se deve investir recursos, evidente tais recursos são repassados para tais lideranças, o fiel passa ser credor e a divindade devedora, esta deve recompensar o fiel que se apropria da benção divina e, portanto o fiel declara para si mesmo bênçãos de toda sorte. Entretanto aquele que não investir nesta divindade, corre o risco de se tornar amaldiçoado por esta mesma divindade, maldição esta que pode ser hereditária de gerações a gerações. Esta forma praticamente anula a extensão da morte de Cristo pela humanidade e deforma o poder do evangelho proposto pelo profeta Isaías “Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” Is. 53:5

        Neste processo cria uma forma de divinização humana, pois o fiel passa a ver o seu guia espiritual como representante único desta divindade, o qual passa obedecê-lo cegamente conforme denunciou Jesus sobre este tipo de liderança manipuladora: “Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.” Mateus 15.14.

        Na próxima semana estaremos refletindo sobre uma outra abordagem a respeito do tema.

        Em seguida estaremos abordando o texto do evangelho de Marcos, onde daremos uma introdução ao tema, ora proposto.


Uma linda moda de viola com M Nascimento e os saudosos Pena Branca e Xavantinho cantando a alegria de semear e celebrar a colheita.

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