Gianecchini em busca de um milagre.
Por Leônidas Almeida
Em recente publicação, o ator Gianecchini, capa de Veja - Medicina e Fé-, relata sua luta contra o câncer, seja pela medicina tradicional ou pelas “terapias alternativas” e a ida a um médium que poderá dar-lhe a solução para o seu problema.
Talvez muitos de nós, acometido por uma doença desta gravidade, estaria conformado, já considerando a morte algo iminente e contra ela nada se poderia fazer, ou como o ator, estaríamos na luta contra a mesma, buscando alternativas que pudessem nos dar esperanças.
Isto é verdadeiramente humano, lutar pela vida e buscar possibilidades seja no plano da medicina tradicional ou também junto aos recursos chamados “espirituais” em diversas crenças: católicas, protestantes, pentecostais, espíritas, segmentos das terapias alternativas e nova era. E ainda por diversos meios: médiuns, pastores, padres, curandeiros e santos milagreiros
Digo isto com respeito e sinceridade, pois minha família é proveniente de Alto Paraízo-GO e aprendi a conviver com pessoas de diversos credos, seitas e confissões religiosas numa relação de respeito mútuo e amizade.
Cabe a mim como cristão pensar se a comunidade de fé teria soluções para questões como esta. As igrejas cristãs e suas lideranças têm um caminho e uma solução apropriada para quem procura a cura de uma enfermidade cientificamente considerada grave ou até mesmo impossível dentro da medicina contemporânea?
No relato do evangelho de Marcos encontramos um texto que o próprio Jesus, ficou limitado em fazer milagres devido à tragédia da incredulidade da comunidade local (nazarenos) sua terra natal, do líder local Herodes e dos próprios discípulos. “Não pode fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos”.
Também hoje existe também uma correlação de forças tanto da comunidade, das lideranças eclesiásticas e principalmente daqueles que se dizem “discípulos” neste contexto de incredulidade. Agravado por uma liderança que muitas vezes atraídas pelo lucro, simplesmente fazem promessas dando “a objetos” o poder curador, levando um estado de cegueira e alienação espiritual.
Assim como a comunidade de Nazaré, hoje muitas comunidades também fecharam as portas para os milagres de Jesus, embora a fé seja sempre renovada por determinados grupos que sinceramente buscam a presença de Deus. Por outro lado a auto-suficiência devido à valorização dos recursos financeiros é notória a tendência do sufocamento da fé, e como uma doença mortífera, foi disseminado um vírus de incredulidade em nosso meio.
Há algumas semanas uma amiga me enviou uma mensagem, via face, dizendo que estava passando muito mal e me pediu que a fosse visitá-la. Relutei por algumas semanas, mas por insistência da mesma numa outra mensagem resolvi então visita-la. Pensei então o que faria, traria um texto bíblico falando sobre o sofrimento e que o cristão deveria aceitar aquilo como uma provação e manter a fé viva olhando sempre para Cristo.
Enfim algo político e teologicamente correto, contudo o Espírito me levou a outros questionamentos: Que tipo de discípulo é você? Que tipo de Teologia você crê? Uma mera filosofia cristã ou uma teologia da práxis. “Hoje a sociedade passa por uma crise espiritual em decorrência da excessiva valorização do material e da lógica humana. Mas os recursos espirituais ainda são recursos viáveis à teologia, posto que são espirituais, não presos à lógica dogmática” Bootz..
Oramos juntos ali por alguns minutos com toda família, intercedi por ela para que a mesma fosse curada, sentimos a presença de Deus e percebemos que o próprio Deus estava conosco operando no corpo, alma e espírito. Posteriormente ela me enviou outra mensagem dizendo que estava bem.
“Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e, se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados” Jesus. Mc. 16:17
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