Os riscos e desafios aprovados por Deus


Por Joel Boa Sorte



Quantos de nós, às vezes, criticamos Pedro por ele ter olhado para o vento, duvidando de que poderia fazer o que já estava fazendo, e ter afundado. Todavia, quem além de Pedro na Bíblia teve a coragem de andar sobre as águas?

O discípulo estava disposto a sair do barco, pisar na água e começar a caminhar em direção ao Mestre. Eu e você estaríamos dispostos a assumir esse risco?

Confiar no Senhor em todas as coisas, em todos os relacionamentos, em todas as escolhas e decisões envolve muito risco. Arriscar-se é parte da própria natureza da fé.

Parece sem sentido, pensam alguns, depositar a fé nas promessas de que todas as coisas cooperam para nosso bem, mesmo quando não conseguimos entender o que vai acontecer. Isso é risco e nem todos estão dispostos a saírem da área de conforto e viver situações que no mínimo requer uma dose a mais de adrenalina.

Pare por um momento e considere o que aconteceu a Pedro como resultado daquela experiência. Creio que aquele ensaio aprofundou a fé de Pedro e o tornou mais disposto a assumir riscos maiores mais tarde em sua vida e em seu ministério – tempos depois de Jesus ascender aos céus.

Jesus reconheceu o potencial de Pedro para tornar-se um líder tremendo. Seu nome, Simão, literalmente se referia a um tipo de junco que cresce às margens do mar da Galiléia. Pedro deu a Cristo uma resposta firme na fé, e Jesus reconheceu a fé que ele tinha, dizendo: “Tu és Pedro”. Esse novo nome que foi dado a Simão refere-se a uma rocha. Algo sólido, em que se pode confiar como fundamento.

Pedro, o único apóstolo que caminhou sobre as águas, havia ouvido Jesus repreendê-lo por ter pouca fé. Ele não se permitiu ofender pelas palavras do Senhor; Pedro sabia que o Mestre dizia a verdade. Após ter afundado em um mar revolto, parece que o apóstolo determinou que se tornaria uma pessoa de mais fé.

Jesus caminhou sobre as águas e, então, capacitou Pedro a fazer o mesmo pela fé. A vida nunca está livre de tempestades ocasionais. Contudo, quando confiamos em Deus, nós, como Pedro, podemos receber o poder do Senhor para passar pela tempestade. Contanto que nos apeguemos a nossa fé e coloquemos os olhos em Jesus, não seremos vencidos pelas tempestades da vida. Quando nos concentramos nas águas revoltas ao nosso redor e nos esquecemos da ajuda de Deus é que começamos a afundar. Se quisermos fazer progresso contínuo, precisamos manter os olhos em Deus.

Pedro não estava testando a Jesus. Ele foi o único no barco a reagir com fé. Sua impulsiva solicitação o levou a experimentar uma demonstração comum do poder de Deus. Provavelmente, não caminharemos literalmente sobre as águas, mas poderemos enfrentar situações muito difíceis. Se atentarmos para as circunstâncias ruins que nos cercam, sem crer na ajuda de Jesus, também poderemos desesperar e naufragar. Para mantermos a fé quando tudo for difícil, devemos buscar o poder de Jesus, e não nossas imperfeições.

O que você vê como um risco pode ser, na verdade, a situação que Deus quer usar para fortalecer sua fé. O que você entende como correr risco pode ser aquilo que o Senhor usará para fazê-lo dar um grande passo de aproximação para alcançar o impossível em sua vida.

“E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco e fossem adiante, para a outra banda, enquanto despedia a multidão. E, despedida a multidão, subiu ao monte para orar à parte. E chegada já a tarde, estava ali só. E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas, porque o vento era contrário. Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, caminhando por cima do mar. E os discípulos, vendo-o caminhar sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram, com medo. Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu; não temais. E respondeu-lhe Pedro e disse: Senhor, se és tu, manda-me ir ter contigo por cima das águas. E ele disse: Vem. E Pedro, descendo do barco, andou sobre as águas para ir ter com Jesus. Mas, sentindo o vento forte, teve medo; e, começando a ir para o fundo, clamou, dizendo: Senhor, salva-me. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse lhe: Homem de pequena fé, por que duvidaste? E, quando subiram para o barco, acalmou o vento. Então, aproximaram-se os que estavam no barco e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus. (Mateus 14.22-33).”


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